- 24 de fevereiro de 2020
“Ide, pois, e aprendei o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício” (Mt 9,13).
A Quaresma é sempre um novo começo, um caminho seguro de preparação à Páscoa da Ressurreição, a vitória de Cristo sobre a morte. Este tempo nos dirige um forte convite à conversão: o cristão é chamado a voltar para Deus de todo o coração (Jl 2, 12).
Durante a Quaresma, se vive um tempo de intensa prática quaresmal (Oração, Jejum e Esmola) que favorece uma travessia interior. Um caminho de reflexão, oração e conversão. São gestos e atitudes que humanizam nosso jeito de ser e fazer, no mundo onde estamos inseridos. Estas atitudes condensam o sentido da vida cristã. A vida cristã é um abrir-se para o outro (Esmola), um mergulhar no mistério de Deus (Oração), e ser capaz de ordenar e conduzir a própria existência (Jejum).
A Bíblia é muito clara nas orientações destas práticas quaresmais: “o jejum que eu escolhi, diz o Senhor: soltar as cadeias injustas; desamarrar as cordas do jugo; deixar livres os oprimidos; acabar com toda espécie de imposição; repartir a comida com quem tem fome; hospedar os pobres e desabrigados, vestir aquele que se encontra sem veste” (Is 58, 6).
A Quaresma, possui também, uma dupla dimensão de fé: a dimensão batismal e a dimensão penitencial. Na pedagogia litúrgica da Palavra nos são propostos três ciclos de leitura: ano A (Quaresma Batismal); ano B (Quaresma Cristocêntrica); ano C (Quaresma Penitencial). O ciclo A é mais antigo e propõe textos que possuem uma dimensão marcadamente batismal, tendo em vista que neste período, já na Igreja primitiva, dava-se início à Iniciação Cristã dos adultos.
Que o tempo quaresmal nos ajude a viver, mais profundamente, a experiência discipular do seguimento a Jesus Cristo, numa Igreja “em Saída”, uma Igreja que, profeticamente, vai ao encontro do outro comunicar a alegria do Evangelho.
Irmãs Missionárias do Santo Nome de Maria, 100 anos de fundação.