A Congregação das Irmãs Missionárias do Santo Nome de Maria foi fundada em 25 de março de 1920 pelo Arcebispo Dom Wilhelm Berning, bispo de Osnabrück, Alemanha.
Dom Wilhelm, frente a uma difícil situação social e religiosa após a Primeira Guerra Mundial, sentia a necessidade da presença de Irmãs em sua Diocese para:
- auxiliar os sacerdotes na Pastoral Paroquial;
- dedicar-se às crianças, aos doentes e aos em perigo ou extraviados;
- para testemunhar e anunciar o Evangelho na diáspora e nas missões com um espírito aberto e coração disponível: “Procurar e salvar o que estava perdido” (Lc 19,10).
Todas as tentativas para conseguir Irmãs foram inúteis.
Dom Wilhelm rezava bastante e obteve de Deus uma resposta e um chamado: ele mesmo deveria fundar uma nova Congregação.
Deixando-se guiar pelo Espírito de Deus, o Arcebispo aceitou a missão. E como “Tudo concorre para o bem dos que amam...”, Deus, em sua bondade, dispôs um encontro com seis jovens alemãs que, antes da guerra que deflagrava então haviam ingressado numa Ordem Religiosa na França e se preparavam para as missões na Oceania. Estas, devido à guerra e em face de sua nacionalidade alemã, haviam sido obrigadas a abandonarem o país sem nunca poderem retornar.
Nestes acontecimentos Dom Wilhelm viu os desígnios de Deus.
As seis jovens, desejosas de se consagrarem a Cristo no serviço aos irmãos, aceitaram o chamado especial e, como Maria, deram o seu SIM, tornando-se instrumentos no projeto de Deus, para fazerem parte da fundação de uma nova Congregação Religiosa a serviço do Reino de Deus: Irmãs Missionárias do Santo Nome de Maria.
CONHEÇA MAIS SOBRE A NOSSA HISTÓRIA!
DOM WILHELM BERNING
Fundador da Congregação das Irmãs Missionárias do Santo Nome de Maria
Wilhelm Berning nasceu dia 26 de março de 1877, em Lingen, Alemanha. Wilhelm era o mais velho dos cinco filhos do casal: Bernhard Berning e Caroline Rosemeyer Berning. O pai faleceu bastante jovem, com isso coube a sua mãe o sustento da família.
Estudou o primário e o secundário em Lingen; a
faculdade, em Münster e Breslau. Além destes, efetuou os estudos de Teologia,
Filosofia, História, Línguas Orientais e Ciências Sociais. A 10 de março de
1900 foi ordenado sacerdote, em Osnabrück, pelo bispo Dr. Hubertus Voss.
Tornou-se doutor em Teologia aos 14 de março de 1901. Dedicou sua vida à
juventude durante treze anos.
No dia 26 de março de 1914 foi nomeado Bispo de Osnabrück aos 37 anos, pelo papa Pio X. Foi sagrado bispo a 29 de setembro de 1914.
Seu lema era: “O amor de Cristo nos impele” (II Cor 5,14).
D. Wilhelm Berning era Bispo da Igreja de Osnabrück – Alemanha, durante a Primeira Guerra Mundial. Como bispo procurou concretizar o seu lema “Caritas Cristi Urget” em uma vida repleta de amor e solidariedade pastoral, impregnada por visão ampla e abertura aos problemas de seu tempo.
De personalidade forte e com grande liderança, era homem de fé intensa e inabalável. Tinha uma inteligência brilhante, alegria contagiante, era muito otimista. Partilhava sofrimentos dos sofrimentos das pessoas, era um homem perseverante, compreensível, aberto a tudo o que era bom e útil. Tinha muita coragem e doava-se com amor aos outros. Vivia na fé, renovava-se constantemente na fé e consumia-se na fé.
Ao discernir os meios de melhor atender as necessidades da sua Diocese naquele tempo tão difícil, decidiu pedir auxílio a algumas congregações religiosas; porém sem êxito. Contudo, D. Wilhelm, pessoa de caráter firme e grande fé em Deus, não desanimou, mas persistiu na sua busca.
Nesse período, entre 1912 – 1914 ao eclodir a Primeira Guerra Mundial em 1914, um grupo de religiosas alemãs encontravam-se no noviciado das Irmãs Missionárias Maristas em Lyon, na França e tiveram que retornar à Alemanha.
Sem qualquer expectativa de retorno, o grupo decide buscar orientação do Bispo Diocesano de Osnabrück. D. Berning descobriu nesses acontecimentos o Projeto de Deus para realizar o seu plano de fundar uma congregação religiosa para as tarefas da “Diáspora” e das missões.
E assim nasce – em 25 de março de 1920 – a nova Congregação inspirada por uma orientação missionária-mariana para colaborar na conservação e propagação da fé católica nos territórios da Diáspora da Diocese e também em missões estrangeiras.
SUA MISSÃO
- Deu catequese pessoalmente aos que se preparavam para o sacramento da Crisma.
- Contribuiu na elaboração do Catecismo.
- Defensor da primeira comunhão antes que a criança chegue a conhecer o pecado.
- Deu real primazia às pregações
missionárias.
- Preocupou-se de modo relevante com a instrução da juventude nas escolas e paróquia.
- Como mestre de catequese, empenhou-se na elaboração de métodos novos.
- Lutou energicamente pelos direitos da escola católica . Foi por isso chamado de Bispo da Escola.
- Evangelizador na imprensa, rádio e cinema.
- Foi chamado “amigo dos Protestantes” devido à sua preocupação com os irmãos separados.
- Foi escolhido para presidente da Associação dos Milagres e fundou o “Apostolado do Mar”, com sede em Hamburgo.
- Grande apóstolo das vocações Sacerdotais e Religiosas.
- Sobressaiu-se como arauto e mensageiro da verdade através de suas pregações e exigências.
- Devotou amor filial à Virgem Maria e empenhou-se em torná-la modelo de sua obra evangelizadora.
- No dia 25 de março de 1920, fundou a Congregação das Irmãs Missionárias do Santo Nome de Maria.
“O nosso
apostolado consiste, antes de tudo, no testemunho de uma vida consagrada
(Can.673). Por isso a nossa ação apostólica deve sempre proceder de uma intima
comunhão com Deus, e a confirme e alimente (Can. 675§ 2). Esforçamo-nos por
direcionar nosso serviço missionário na Igreja de acordo com as exigências do
Evangelho, serviço esse prestado com Cristo à humanidade segundo as diretrizes
pastorais da Igreja local.” (Constituições das Irmãs Missionárias do Santo Nome
de Maria).
Vivenciando o lema: “Tudo para a maior glória de Deus a Exemplo de Maria Santíssima”, numa atitude fundamentalmente mariana, as Irmãs procurem servir os homens e mulheres e conduzi-los à liberdade e à alegria de fé através dos trabalhos pastorais paroquiais e diocesanos, sociais, educacionais, bem estar e da saúde.
As seis primeiras Irmãs Missionárias do Santo Nome de Maria chegaram no Brasil no dia 12 de julho de 1956. A Congregação foi convidada ao trabalho missionário no Brasil pelos padres Jesuítas que trabalhavam na Paróquia São José Operário, em Maringá, no Estado do Paraná. Portanto, as Irmãs fixaram residência na Paróquia São José Operário, tendo como objetivo principal o trabalho Pastoral Paroquial, Enfermagem e Educação. Com o passar do tempo, veio a necessidade de se expandir para outras regiões do Brasil e do Paraguai. Hoje estamos presentes na Alemanha, Suécia, Brasil e Paraguai.
ALGUNS
PENSAMENTOS
DE DOM WILHELM BERNING:
- “O que
sois sede-o por inteiro”.
- “A todos deveis levar a Boa-Nova da Ressurreição”.
- “A nossa oração deve ser apostólica e universal”.
- “Sede alegres e confiai no Senhor”.
- “Guardai a alegria em vosso coração. Levai-a convosco onde fordes”.
- “Meu desejo é que o espírito de pobreza, de simplicidade e de modéstia sejam cultivados na Congregação, porque este espírito é o primeiro e o mais necessário pressuposto para o empenho no apostolado”.
- “É no tabernáculo que encontrareis forças para vencer as vossas dificuldades”.
- “Levai amor e alegria aos corações humanos”.
- “Exercei o apostolado com ardor e caridade, de coração aberto”.
- “Tende presente em vossa vida uma das principais virtudes: a verdade”.
- “Não importa o que se faz, mas sim, como se faz”.
ESPIRITUALIDADE E CARISMA
Carisma missionário e espiritualidade Mariana: “Anunciar Jesus Cristo pela nossa vida, a exemplo de Maria.”
A experiência de fé que Dom Berning viveu é a medula da espiritualidade da Congregação. E foi na Palavra de Deus, especialmente no Evangelho que ele encontrou a fonte e raiz de seu carisma peculiar.
O carisma confiado a Dom Berning, fundador da Congregação das Irmãs Missionárias do Santo Nome de Maria e sustentado por sua forte experiência de Deus, permitiu-lhe ouvir e atender o apelo Missionário, em favor dos mais necessitados da “diáspora” no Norte da Alemanha, incluindo outros países.
As Irmãs Missionárias do Santo Nome de Maria herdaram o carisma missionário e a espiritualidade mariana: são chamadas a ser continuadoras do projeto evangélico iniciado por Dom Berning. Maria, associada à missão de seu Filho, é modelo (exemplo) para cada Irmã e toda a Congregação (Const. p. 12 e 20).
O fundador lembra muitas vezes as Irmãs de que é preciso contemplar Maria, a serva, que em qualquer situação se coloca como missionária por causa do Reino, e assim poder seguir sua orientação fazendo tudo o que Jesus disser (Jo 2,5).
SIGNIFICADO DO SÍMBOLO DA CONGREGAÇÃO
COMPONENTES: Círculo ao centro, Cruz abrangendo o diâmetro, Raios ao redor da cruz que se expandem em todas as direções e, ao pé da cruz, a letra M.
SIGNIFICADO:
O CÍRCULO representa o mundo. O mundo em que vivemos com todo seu progresso como também suas debilidades e miséria. Ele deseja abraçar todo o universo, como Cristo o fez, através do seu sacrifício na cruz.
CRUZ NO CENTRO: O Cristo que reina no coração de cada homem e de cada mulher que deseja abraçar, como Ele, todo o universo por intermédio da sua Cruz.
Os RAIOS que saem da CRUZ: Os raios se expandem. Assim como os raios da Cruz, nós devemos ser luzes na vida de cada irmão e de cada irmã com quem nos deparamos no nosso dia a dia.
A letra M: representa as palavras "Missionárias" e "Maria" que iniciam com a letra M.
EXPRESSÃO DE UM PENSAMENTO:
A palavra SIM é o que o símbolo exprime, a finalidade da nossa vida. É o espírito missionário mariano da Congregação, que toda Irmã Missionária abraçou cujo cerne é a consagração da sua vida a Cristo vivendo-a a exemplo de Maria. O nosso objetivo, como Missionárias do Santo Nome de Maria é levar em todos os recantos do mundo a mensagem da Boa Nova de Jesus Cristo.
Nossa vida deve estar compenetrada da vida de Cristo, sendo Ele o centro de todo nosso agir e nossa mola propulsora.
SER MISSIONÁRIA DO SANTO NOME DE MARIA É UM PROGRAMA DE VIDA
Ser missionária é sair de si, é ser capaz de olhar o mundo muito além de nossas perspectivas muitas vezes tão pobres. É ser capaz de percorrer o caminho mesmo quando a incerteza nos ofusca a visão. Nesse caminhar na esperança, olhamos para Maria, aquela que caminhou na fé buscando perceber e ver o projeto de Deus no seu cotidiano. Maria, a mulher profundamente atenta à voz de Deus e à voz de seu povo. Foi uma mulher comum, porém o que a tornou diferente foi sua experiência de Deus, totalmente encarnada e inculturada na realidade da sua época. Com seu exemplo de vida ela nos convida a sermos também protagonistas da nossa história como Missionárias seguindo seu exemplo.