- 1 de agosto de 2021
Com um coração de PAI, São José, inspira, como modelo de amor, serviço e fidelidade todas as vocações na Igreja.
São José teve um SONHO, acreditou neste sonho e assumiu junto com Maria a responsabilidade de receber, cuidar e de educar o próprio Filho de Deus. O amor e a abertura a Deus fizeram deste sonho um gesto de amor e de serviço. É o amor que que transforma o sonho em desejo, o desejo em resposta e a resposta em amor-serviço. O amor dá sentido à existência humana e a transforma em entrega total.
O Papa Francisco diz: “São José deixou-se guiar decididamente pelos sonhos, por que o seu coração estava orientado para Deus, estava predisposto para Ele. Para o seu vigilante ouvido interior era suficiente um pequeno sinal para reconhecer a voz de Deus. O mesmo se passa com a nossa vocação: Deus não gosta de Se revelar de forma espetacular, forçando a nossa liberdade. Transmite-nos os seus projetos com mansidão; não nos ofusca com visões esplendorosas, mas dirige-Se delicadamente à nossa interioridade, entrando no nosso íntimo e falando-nos através dos nossos pensamentos e sentimentos. E assim nos propõe, como fez com São José, metas elevadas e surpreendentes. ”
O Papa destaca também o serviço dizendo que a capacidade de amar de São José é total, sem nada reservar para si mesmo. Ele que soube encarnar o sentido oblativo da vida. Seu serviço e os seus sacrifícios só foram possíveis, porque foram sustentados por um amor maior: “Toda a verdadeira vocação nasce do dom de si mesmo, que é a maturação do simples sacrifício. No sacerdócio e na vida consagrada, requer-se esta maturidade. Quando uma vocação matrimonial, celibatária ou virginal não chega à maturação do dom de si mesmo, detendo-se apenas na lógica do sacrifício, então, em vez de significar a beleza e a alegria do amor, corre o risco de exprimir infelicidade, tristeza e frustração. O serviço, expressão concreta do dom de si mesmo, configurando a disponibilidade de quem vive para servir. Com este espírito, José empreendeu as viagens numerosas e muitas vezes imprevistas da vida: de Nazaré a Belém para o recenseamento, em seguida para Egito, depois para Nazaré e, anualmente, a Jerusalém, sempre pronto a enfrentar novas circunstâncias, sem se lamentar do que sucedia, mas disponível para dar uma mão a fim de reajustar as situações. Pode-se dizer que foi a mão estendida do Pai Celeste para o seu Filho na terra. Assim não pode deixar de ser modelo para todas as vocações, que a isto mesmo são chamadas: ser as mãos servidoras do Pai em prol dos seus filhos e filhas”. (Papa Francisco)
Por fim, o Papa destaca que a fidelidade fez de São José o “homem
justo” (Mt 1, 19) que, no
trabalho silencioso de cada dia, persevera na adesão a Deus e aos seus
desígnios” (cf. Mt 1,
20). Medita, pondera: não se deixa dominar pela pressa, não cede à tentação de
tomar decisões precipitadas.
A vocação, como a vida, só amadurece através
da fidelidade e da oração diária. Que neste mês vocacional, São José
inspire em cada um de nós, leigos, religiosos e sacerdotes, a graça da
fidelidade e da disponibilidade para amar e servir.