SANTOS POPULARES E JUNINOS, CELEBRADOS DE FORMA ESPECIAL NO BRASIL



No mês de junho, a Igreja celebra a festa de três grandes santos: Santo Antônio, dia 13, São João Batista, dia 24, e São Pedro, dia 29. Essas festividades, trazidas para o Brasil pelos colonizadores portugueses, ficaram popularmente conhecidas como Festas Juninas.


Antes de assumir sua forma cristã, as festas juninas tiveram origem pagã no hemisfério norte, onde se festejava, em junho, para comemorar o início das colheitas. Com a expansão do cristianismo, elas foram ganhando novo significado e nova roupagem, tornando-se celebração da festa de São João, chamada de festa joanina, de João e, posteriormente, junina, de junho. Nela, Santo Antônio e São Pedro passaram a ser também celebrados.


Santo Antônio nasceu em Lisboa, Portugal, em 1195, e faleceu em Pádua, Itália, no dia 13 de junho de 1231. Foi primeiramente religioso agostiniano e, depois, tornou-se franciscano. Chegou a conhecer São Francisco de Assis e com ele conviveu por um tempo. São Francisco o nomeou responsável pela formação dos frades, diante de sua grande capacidade intelectual e seu conhecimento teológico. É o santo junino com maior apelo popular. É chamado do Santo dos Pobres e também muito procurado como santo casamenteiro, por ter ajudado moças pobres a conseguirem os dotes para o casamento.


São João Batista, cujo nome João significa Deus dá a graça, foi o precursor de Jesus. Ele se alegrou com a chegada do Messias, ainda no ventre de sua mãe, Isabel, quando esta recebeu a visita de Maria em sua casa (Lc 1,39-43). Ele foi o único profeta a anunciar a chegada do Messias e a mostrá-lo no meio do povo. Ele batizou no Rio Jordão o próprio autor do batismo. Foi ele quem apontou Jesus, proclamando-o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo (Jo 1,29). No dia 24 de junho, celebramos seu nascimento. Ele é o único dos Santos que tem o dia do nascimento e o dia da morte celebrados, pois os demais santos têm apenas o dia da morte rememorado.


São Pedro foi o primeiro a ser chamado por Jesus, com seu irmão André (Lc 6,14). Jesus o convidou para deixar o barco na praia, ir caminhar com Ele, pois o faria pescador de homens. Pedro prontamente deixou tudo e passou a caminhar com JesusFoi o primeiro a professar a fé no Cristo, quando disse: “Eu sei que tu és o Messias, o filho do Deus vivo” (Mt 16,16) – sobre esse testemunho de fé, Jesus edificou sua Igreja. Pedro foi morto e crucificado de cabeça para baixo.


TRADIÇÃO DOS PÃEZINHOS DE SANTO ANTÔNIO


Existe a tradição da entrega do pão no dia de Santo Antônio: “Ele tinha enorme compaixão pelos pobres e sentia, como frade franciscano, a fome dos pobres. Certa vez, no convento onde ele vivia, distribuiu todos os pães para os pobres. Quando o frade padeiro foi buscá-los para a refeição, levou um grande susto, pois não havia nenhum pão no cesto. Ao contar o fato para Santo Antônio, este o mandou voltar e verificar se os pães realmente não estavam lá. O frade ficou surpreso, pois encontrou o cesto cheio de pães.


Por isso, até hoje, existe a grande devoção popular de abençoar o pãozinho de Santo Antônio, que os fiéis levam e colocam na vasilha de trigo, arroz ou de outro alimento na casa, na confiança de que Santo Antônio nunca deixará o pão de cada dia faltar sobre as mesas. Os pães distribuídos no dia de Santo Antônio também nos ensinam a importância da partilha. Se o amor de Cristo continuar tocando nosso coração, como tocou o coração de Santo Antônio, aprenderemos que o pão não pode ser só meu, nosso; só assim haverá pão para todos.


Aprendamos destes santos, a humildade, a fidelidade e o desejo de servir e amar.


Ir. M. Helena Teixeira - Provincial MSNM

VEJA OUTRAS NOTÍCIAS DO SITE