SÍNODO E O CONVITE PARA CAMINHAR JUNTOS

O futuro da Igreja Católica, mais especificamente em sua forma de atuação junto a fiéis do mundo inteiro, será marcado pelos resultados de um processo que inicia de forma local. O Sínodo 2021-2023 foi convocado pelo Papa Francisco e é considerado a maior atividade realizada pela instituição desde o Concílio Vaticano II, que ocorreu no início da década de 1960, e promoveu transformações na forma de atuação da Igreja.

Pela primeira vez, o processo sinodal será realizado de forma ampla, com espaços de reflexão e debate abertos a toda a comunidade católica a partir de atividades que começam em cada diocese.

O Sínodo da Igreja Católica, que se encontra em fase de gestação, começa pela base. Isto exige uma atenção particular, já que para muitas das paróquias e comunidades tudo é novidade. O caminho que o Papa desafia a percorrer envolve todos os cristãos e toda as pessoas de boa vontade. Envolve mais ainda aqueles que se afastaram da vida da Igreja, que gostavam que a Igreja fosse diferente, que têm mais que fazer ou em que pensar. Francisco gostaria de ouvir todos.

Portanto, sinodalidade é a colegialidade episcopal, alcançando de forma indireta as comunidades. Sugerido, inclusive pelo próprio Papa Francisco, um processo de "caminhar juntos", escutando diretamente todas as expressões do povo de Deus, colhendo das bases das comunidades e dos cristãos, dos não cristãos e da sociedade em geral, as impressões, testemunhos e dados referentes à essencialidade da Igreja, em sua "comunhão, participação e missão", ouvindo, deixando que todos tomem a palavra, falando com coragem, integrando liberdade, verdade e caridade; celebrando a Palavra e a Eucaristia, na corresponsabilidade missionária, participando da comunidade eclesial e no serviço à sociedade, com responsabilidade social e política, no diálogo e na busca da justiça e do bem comum, dos direitos humanos, no cuidado com a casa comum; fomentando a união e diálogo ecumênico, a partir de um único Batismo, investindo na sinodalidade como um princípio educativo para a formação da pessoa humana e do cristão, das famílias e das comunidades, numa decisão por discernimento com base num consenso que dimana da obediência comum ao Espírito; tornando as lideranças e membros da Igreja mais capazes de caminhar juntos, de se ouvir mutuamente e de dialogar, num crescimento em comunhão, aumentando a participação ministerial e o comprometimento missionário.

Ir. M. Helena Teixeira - Provincial MSNM

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